quinta-feira, 7 de novembro de 2013

L I M I T E



       
Os dicionários traduzem o significado da palavra LIMITE, entre outros, como: a) Ponto extremo; b) Fim; c) Ponto que não se deve ultrapassar; d) Extremo; e) Restrição; f) Circunscrição; g) Fronteira; h) Não ir além de.
Alguns de vocês vão lembrar que todos os alunos se levantavam quando o professor entrava na sala de aula em sinal de respeito.
Sem querer parecer atávico, anacrônico, o ato determinava quem era quem. O que não significava dizer que não tinham que interagir, muito pelo contrário, o conhecimento estava aflorando cada vez mais rápido e acessível.
Ocorre que hoje o aluno vai à sala de aula com lap top, ipad, blackberry, enfim, e fica pesquisando o assunto em andamento na sala de aula com a finalidade de empulhar o professor, quando, na realidade, deveria, em primeiro lugar, preocupar-se em dominar a matéria que esta sendo esplanada naquele momento. Qual o LIMITE para isto? E as roupas. Os alunos vão de bermudão que, a depender do modelo, dão visão aos professores e professoras das suas vestimentas íntimas e outros formatos. As alunas vão de shorts tão curtos que deixam transparecer as rendas das suas calcinhas! Afinal, estão indo para a faculdade ou para um desfile de moda verão?
O ser humano perdeu a noção do que é certo e o que é errado. “O importante é obter aquilo que se quer em um determinado momento, independentemente do que se tenha que fazer conseguí-lo”!  E como fica o princípio jurídico que estabelece que o limite de cada um seja exaurido quando iniciar o direito do outro?
Observem o “exemplo” que aconteceu em São Paulo com alguns funcionários da prefeitura daquele município. Além de roubar, fizerem questão de dizer que o faziam. Isto se dava porque não respeitavam as instituições, as pessoas amigas, até porque o dinheiro roubado também saia dos bolsos dos mesmos, uma vez que também são contribuintes. Ou se dava porque têm eles a consciência de que no Brasil nada tem LIMITE?
Esta semana um irmão atirou no outro depois que este batera nas irmãs que não quiseram vender os utensílios de casa para, com o dinheiro, adquirir droga!
Os políticos que, a qualquer custo, para se manterem no poder laçam programas que sabidamente não darão resultado, o fazem em função da ignorância da população. Mas, será que isto também não deveria ter um LIMITE?  
A miscelânea de exemplos aqui expostos é para se evidencie que nós, ditos humanos, estamos sem rumo!
Os Estados Unidos monitoram o mundo.
O Brasil espia uns e outros não. Por quê? Para que?
Tem que ser deste jeito?
Outro dia escrevi sobre MEDO. O MEDO que sinto por entender que há algo fervilhando entre os brasileiros. Só espero que aqueles que também sentem medo, quando resolverem fazer alguma algo no sentido de restaurar a ordem das coisas, se não de todas, mas de algumas, que o faça dentro do LIMITE.

ORLANDO FAZIO

P.S.: Recomendo a leitura do artigo “Quando um país adoece”, de Lya Luft, publicado na VEJA, no. 45, de 06 de novembro de 2013.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O QUE SOMOS NÓS?



O que somos nós? Não é quem. É o que mesmo!

Somos pacientes, clientes, indigentes, um número, enfim, o que somos para alguns “profissionais” que nos atendem?

Se vamos a um médico, mesmo através planos de saúde particulares, a espera é um absurdo. Quando somos atendidos o tempo da consulta é inversamente proporcional ao tempo de espera. Parece que trabalham por produção. Se pedem exames clínicos ou de laboratório, o tempo que se leva para realizá-los faz com que, ao voltar aos médicos para mostrá-los, tenhamos que concordar em assinar nova consulta. A princípio o problema é do médico e a operadora do plano de saúde, mas, até quando?

Ao passar a medicação você “ganha” um cartão do seu médico para ter um “desconto” no preço do remédio. Ora, por que não recomendar um outro mais barato, mesmo de substância diferente, mas que cause o mesmo efeito? O que há por trás disto?

Ao escrever este artigo recordei-me de uma matéria da VEJA, edição 2336 de 28.08.13, em que o ilustre cardiologista Elias Knobel afirma que a medicina tem quatro problemas com a letra D: 1) O paciente está despersonalizado, 2) O médico está desprofissionalizado, 3) A assistência médica está desumanizada e 4) A medicina está descaracterizada.

Tenho relato de pessoas cujos médicos as direcionaram para fazer exames em clínicas que eram óbvios os seus interesses, quando existem outras de melhor acesso, mas sem a vantagem de receber os resultados com maior rapidez!!! Cito apenas este exemplo para consubstanciar a questão.

A pergunta que faço é a seguinte: “um médico da rede particular avia uma receita de medicação que pode ser obtida através do Programa Farmácia Popular do governo federal?”.

Claro que existem médicos e “médicos”!

Voltando à entrevista concedida pelo Dr. Elias Knobel, sugiro que observem com atenção aos assuntos abordados (medicina business, por exemplo) posto que espelham tudo aquilo a que nós, pacientes (em todos os sentidos), clientes, indigentes, sentimos na pele.

Em próximo artigo abordarei outras profissões cujos titulares têm mais compromissos com os seus honorários do que com a satisfação dos usuários dos seus “serviços”.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

PAIS E FILHOS





ASSISTI A UM FILME CUJO RESUMO DA ÓPERA É O SEGUINTE: UM PAI, RECÉM-VIÚVO, RESOLVE VISITAR OS FILHOS QUE NÃO O PROCURAM DESTE O FALECIMENTO DA SUA ESPOSA HÁ OITO MESES.

A RESIDÊNCIA DO PRIMEIRO VISITADO ENCONTRAVA-SE VAZIA.

NA SEGUNDA ENCONTRA A FILHA CASADA, COM UM FILHO ADOLESCENTE E COM O MARIDO, OS QUAIS LHES ERAM ABSOLUTAMENTE ESTRANHOS, HAJA VISTA A FALTA DE RELACIONAMENTO ANTERIOR.

O TERCEIRO FILHO, ENCONTRADO NO AMBIENTE DE TRABALHO, NÃO TINHA A FUNÇÃO QUE LHE FORA DESCRITA PELA FALECIDA ESPOSA!

POR ÚLTIMO, A OUTRA FILHA FOI ENCONTRÁ-LO NA ESTAÇÃO DO SEU DESEMBARQUE EM UMA TREMENDA LIMOSINE. APARENTEMENTE TODOS ESTAVAM BEM. MAS SÓ APARENTEMENTE!

O PRIMEIRO VISITADO MORRERA DE OVER DOSE.

A SEGUNDA  FILHA DE FATO ESTAVA BEM, SÓ NÃO TINHA TEMPO!

O TERCEIRO, EMBORA NÃO FOSSE AQUILO QUE ELE, O PAI, DESEJARA, ACOMODARA-SE EM SUA ZONA DE CONFORTO.

A QUARTA FILHA, JUNTO COM A SUA COMPANHEIRA, TINHA UM FILHA EM “COMUM”.

A DURA REALIDADE É QUE DEPOIS DE SAÍREM DE CASA OS FILHOS NÃO TÊM MAIS TEMPO PARA AQUELES QUE DEDICARAM O MAIOR TEMPO DAS SUAS VIDAS PARA PERMITIR-LHES DIAS MELHORES.

E POR QUE ISTO ACONTECE, PRINCIPALMENTE CONSIDERANDO OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DISPONIBILIZADOS? O QUE NÃO SIGNIFICA DIZER QUE A PRESENÇA FÍSICA EM VISITAS EVENTUAIS DEVAM SER DISPENSADAS! 

IMAGINE O CONVÍVIO DE UMA VIDA INTEIRA SENDO INTERROMPIDO APENAS POR FALTA DE ATENÇÃO! A ÚNICA JUSTIFICATIVA ACEITÁVEL É A AUSÊNCIA POR MORTE, ESTA SIM, IMPLACÁVEL!

NO FILME EM QUESTÃO DENOTA-SE QUE O RELACIONAMENTO ENTRE O PAI E OS FILHOS, QUANDO NA ADOLESCÊNCIA DESTES, ERA MERECEDOR DE LAPIDAÇÃO. ASSIM, CONSIDERANDO QUE NO PRÓXIMO DOMINGO (11.08.13) COMEMORAREMOS O DIA DOS PAIS, QUE TAL FAZERMOS UMA REFLEXÃO SOBRE COMO ANDAM AS NOSSAS RELAÇÕES COM OS NOSSOS, DISPENSANDO-SE A BUSCA DE CULPADOS?

terça-feira, 30 de julho de 2013

POR QUE TEMOS MEDO?




Diz-se que o covarde tem medo até da sua própria sombra.

O que faz uma pessoa ter medo? Ninguém nasce com medo. Quando criança os maiores tombos que levamos é porque desejamos chegar sozinhos em lugares nunca dantes percorridos. Daí em diante tudo que fazemos é vencer novos desafios em busca de conhecimento.

E por que as pessoas têm medo, umas mais e outras menos? Medo por insegurança, medo por ter tido experiências negativas. Enfim, o quanto o medo pode interferir na vida de um ser humano e dos outros que convivem com ele?

No início das nossas vidas muitas das coisas que fazemos são apenas por mero instinto. Mamar, por exemplo!Numa outra fase somos estimulados a comer quando a comida nos é colocada na boa. “A hora da papinha”! Em seguida buscamos alcançar objetos, quebramos coisas, somos repreendidos e começamos a perguntar por que podemos fazer determinadas coisas e outras não.

A formação do nosso caráter é estruturada pela maneira através da qual aprendemos as coisas, como somos orientados e de fatores que tiveram forte influência durante o nosso desenvolvimento cultural, educacional, emocional e profissional. Daí em diante seremos puro reflexo. Os nossos medos dependerão da consciência que temos de quem verdadeiramente somos!

E você, como andam os seus medos?

ORLANDO FAZIO

sexta-feira, 26 de julho de 2013

BRASIL, qual a saida?



                                                      
O problema do meu Brasil é os não brasileiros que aqui nascem. Ou seja: foram paridos em nossa terra, mas não são paridos pela Pátria. Há um dito entre nós que subtende que quando gostamos de algo somos “paridos” por ele. É um ditado muito antigo e nem todos conhecem.
Bem, o que quero dizer é que os caras nascem por aqui e, ao invés de buscarem o melhor para os patrícios, buscam apenas locupletarem-se e fornecer facilidade para os que são mais chegados a todo tipo de falcatrua.
Os caras vocês já sacaram quem são e pergunto: o que fazer para defenestramos todos eles dos cargos que a eles confiamos?
Resolvi sair do meu momento “niilista”, pois motivei-me a fazer algo. Mas, que algo é este, pois, com certeza, não poderei fazê-lo sozinho.
Ir às ruas, receber balas de borracha, gás lacrimogênio, pimenta nos olhos, não dá! Aos 62 anos de vida mereço coisa melhor.
Já ouviram aos pronunciamentos dela,  que nem a própria acredita? Sinto muito, estou sem tempo! Não quero propor nada absolutista. Aliás, não quero propor coisa nenhuma! Na realidade, gostaria de receber propostas no sentido de que possamos resolver ordeiramente a desordem em que se encontra o nosso País. O nosso e não o deles!
Vingar-nos nas urnas é lugar comum e não funciona porque os que não têm acesso à leitura e gozam das “diversas bolsas” não farão diferente! Continuarão votando nos benefícios e não naqueles que deveriam verdadeiramente nos representar (o difícil é saber quem são eles!).
O CEO de uma empresa quando esta não alcança os resultados esperados pelos acionistas estes “cortam-lhe a cabeça” e põem outro que possa fazê-lo. Simples assim! Mas, no caso do(a) Chefe do Executivo cujos resultados estão prejudicando o povo (os acionistas do Brasil) que o(a) elegeu e cada idéia nova é mais uma desesperança, o que fazer? Impeachment?   E colocar quem no lugar? A quem recorrer?
Creio que estou delirando..., ajudem-me.