O livro "O Monge e o Executivo" continua sendo um dos mais lidos no mundo. Na época em que estava na acadêmia nos foi perguntado qual a relação das lições contidas no livro e curso de Gestão Estratégica de Pessoas, ao que dei a seguinte interpretação e que gostaria de dividir com vocês.
Orlando Fazio
O MONGE E O EXECUTIVO
Considerando que Gestão
Estratégica de Pessoas visa a que Gestores encontrem meios para estimular os
seus liderados a realizar as suas tarefas, a proporcionar-lhes um ambiente de
trabalho saudável e um clima organizacional que os motive a permanecer nas suas
empresas, o livro O Monge e o Executivo trata da matéria de maneira bem
ilustrativa quando observadas lições do ex-executivo que se presta a tal
missão, assim como dos personagens que fazem parte de todo o enredo.
O lance histórico de Lee Hoffman
que, quando militar, não permitiu que oficiais e soldados japoneses fossem
humilhados quando sob a sua guarda, fazendo com que eles fossem tratados com
dignidade, mesmo indo de encontro às ordens dos seus superiores, já indicam o
caráter daquele que seria responsável pelo treinamento dos voluntários a
tornarem-se líderes dos seus subordinados em suas organizações.
O princípio básico da mensagem é:
“Para liderar você deve servir”.
A humildade, valorizar o grupo,
saber ouvir, que é uma das habilidades mais importantes que um líder pode
escolher para desenvolver, são comportamentos de suma importância, uma vez que
os empregados passam boa parte do dia trabalhando e vivendo no ambiente criado
pelo líder.
Destaca o livro a influência que
o líder deve ter sobre os outros, que é a verdadeira liderança, a
disponibilidade para todos e a enorme doação pessoal que é imprescindível no
desempenho do seu papel, posto que as pessoas precisam trabalhar
entusiasticamente para atingir aos objetivos identificados como sendo para o
bem comum.
Autoridade, ao invés de poder,
honestidade, confiabilidade, bom exemplo, cuidado, compromisso, bom ouvinte,
conquistar a confiança das pessoas, tratar as pessoas com respeito, encorajar
pessoas, atitude positiva e entusiástica, são a receita mágica pra que o gestor
desempenhe a altura os seus desafios.
O livro aborda sobre
características pessoais, comportamentos, atitudes, etc., que são temas focais
para a Gestão Estratégica de Pessoas.
Enfatiza o autor sobre a
necessidade do bom relacionamento, chamando a atenção de que “a chave da
liderança é executar as tarefas enquanto se constroem relacionamentos”.
A empresa se mantém de
resultados. Estes só acontecem quando os clientes estão satisfeitos com os seus
produtos e/ou serviços, e isto só ocorre quando as pessoas que os produzem
estão satisfeitas, razão pela qual o moral, a confiança, compromisso dos
empregados têm que estar em alta, o que se detecta através do relacionamento.
Assim como reportado nos módulos
de Gestão Estratégica de Pessoas, a leitura do livro indica que a satisfação do
empregado está no tratamento digno e respeitoso, sentimento de participação e a
capacidade de contribuir pra o sucesso da organização, sempre estão acima do
dinheiro.
Um líder é alguém que identifica
e satisfaz as necessidades legítimas de seus liderados e remove todas as
barreiras para que possam servir aos clientes. “Para liderar você deve servir”.
Lições importantes como saber
diferenciar necessidades de vontades têm destaque, pois diferentemente destas,
as primeiras permitem o crescimento dos liderados, e esta é uma preocupação que
deve estar latente nas mentes dos líderes.
Todas pessoas devem ser tratadas
com respeito, seja no ambiente de trabalho, de casa, de lazer, etc..
A metáfora da jardinagem quanto à
preparar o solo, plantar a semente, adubá-lo, regá-lo, livrá-la de pragas, para
poder ver os frutos e flores crescerem, indicam bem o que deve ser feito com as
pessoas, ou seja: criar situações adequadas para que o crescimento se dê.