RELIGIOSIDADE
Há alguns dias presenciei o
desabafo, praticamente um monólogo, de um amigo a outro, sobre religião quanto
às “práticas religiosas” que, segundo o protagonista, não atentam para a premissa
básica dos ensinamentos de Deus que é a “operacionalização” do Amor.
Feita a leitura, gostaria de
conhecer o seu ponto de vista de maneira a que possamos construir um juízo de
valor.
Orlando Fazio
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Eis o diálogo:
AMIGO I - Venderam para mim que
“religião é o ópio do povo”.
Há alguns anos comecei a frequentar uma comunidade
cristã que, pela circunstância em que fui atraído, fez-me muito bem, pois tirei
dos ombros um enorme fardo que vinha carregando e, principalmente, aproximou-me
mais de Deus. Esta aproximação deu-se pela leitura da Bíblia, que entendo ser o
livro do amor, através de trabalhos voluntários nos diversos movimentos da
igreja, conhecendo pessoas verdadeiramente voltadas para fazer o bem.
AMIGO II – Então tudo certo!
AMIGO I – Nada disto. Como diz o
ditado “nem tudo são flores”. Com o passar do tempo, observando as diversas e
variadas denominações, vejo que o objetivo de Deus, através do nosso senhor
Jesus Cristo, está sendo desviado de maneira rápida e assustadora.
São pastores /padres que, de
maneira até indisfarçada, apelam para o benefício pecuniário. Pastores
/padres que cuidam mais de encenações,
da retórica, do templo mais bonito, das vaidades, de que do seu rebanho, das
boas ações para a comunidade... .
AMIGO II – Seja mais específico.
AMIGO I - São irmãos que participam
dos ministérios, não para ajudar ao próximo, mas para aliviar as suas próprias
consciências, ou seja, agradar a si próprios. Pois bem, se pensam que estão
agradando a Deus estão cometendo o maior erro das suas vidas.
O pior é que observamos disputas
de poder, de evidência, de jactância.
Ora, a Bíblia tem ensinamento
para todas as coisas, ou será que a sua leitura é praticada de maneira tão
superficial que os “irmãos” não absorvem nem um pouco da sua seiva?
AMIGO II – Então você é contra a
religião?
AMIGO I – Não. Por definição não
sou contra a Religião. Contudo, temos que ficar atentos àqueles que querem
impingir doutrinas, rituais, preceitos éticos e filosóficos adversos da vontade
de Deus.
Sou a favor do louvor, da oração,
da alegria em falar com Deus. E o que é que as igrejas fazem? Massificam o
sofrimento, fazem músicas sofridas, cultos sofridos, carregados, ou seja: se a
criatura psicologicamente, financeiramente ou emocionalmente não está bem,
desmorona! A maneira praticada é quase uma abdução da alma da pessoa para que
ela possa fazer parte de uma denominação.
Aprendemos que se estivermos
felizes devemos louvar e se estivermos tristes da mesma maneira. Por que não
tornar o nosso relacionamento com Deus uma ligação mais suave, e não esta coisa
carregada que nos remete a um filho que não se relaciona bem com o pai.
Deus é amor e verdade e por esta
é que deveríamos guiar os nossos passos em busca do primeiro.
AMIGO II – E o que fazer?
AMIGO I - Creio firmemente que só
seremos uma só igreja quando não houver mais desvios. Creio que todo sofrimento
pelo qual estamos passando e ainda vamos passar é por falta de boa vontade
daqueles que lideram as igrejas e que dão prioridade aos seus interesses
individuais.
Esta é minha ótica deste momento.
Tenho 50% de chance de estar certo e 50% de estar errado. Rogo a Deus que me
ilumine para que, em qualquer das possibilidades, tenha o discernimento para
ser um agente de mudança em benefício de todos que buscam o crescimento
espiritual na Santíssima Trindade.
Parabéns pela iniciativa do Blog, querendo dicas para aperfeiçoamento de lay out ou qualquer outra contribuição, conte comigo.
ResponderExcluirAbraço
Acrisio Lucena