sexta-feira, 5 de outubro de 2012


       RELIGIOSIDADE

Há alguns dias presenciei o desabafo, praticamente um monólogo, de um amigo a outro, sobre religião quanto às “práticas religiosas” que, segundo o protagonista, não atentam para a premissa básica dos ensinamentos de Deus que é a “operacionalização” do Amor.
Feita a leitura, gostaria de conhecer o seu ponto de vista de maneira a que possamos construir um juízo de valor. 
Orlando Fazio
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Eis o diálogo:
AMIGO I - Venderam para mim que “religião é o ópio do povo”. 
Há alguns anos comecei a frequentar uma comunidade cristã que, pela circunstância em que fui atraído, fez-me muito bem, pois tirei dos ombros um enorme fardo que vinha carregando e, principalmente, aproximou-me mais de Deus. Esta aproximação deu-se pela leitura da Bíblia, que entendo ser o livro do amor, através de trabalhos voluntários nos diversos movimentos da igreja, conhecendo pessoas verdadeiramente voltadas para fazer o bem.
AMIGO II – Então tudo certo!
AMIGO I – Nada disto. Como diz o ditado “nem tudo são flores”. Com o passar do tempo, observando as diversas e variadas denominações, vejo que o objetivo de Deus, através do nosso senhor Jesus Cristo, está sendo desviado de maneira rápida e assustadora.
São pastores /padres que, de maneira até indisfarçada, apelam para o benefício pecuniário. Pastores /padres  que cuidam mais de encenações, da retórica, do templo mais bonito, das vaidades, de que do seu rebanho, das boas ações para a comunidade... .
AMIGO II – Seja mais específico.
AMIGO I - São irmãos que participam dos ministérios, não para ajudar ao próximo, mas para aliviar as suas próprias consciências, ou seja, agradar a si próprios. Pois bem, se pensam que estão agradando a Deus estão cometendo o maior erro das suas vidas.
O pior é que observamos disputas de poder, de evidência, de jactância.
Ora, a Bíblia tem ensinamento para todas as coisas, ou será que a sua leitura é praticada de maneira tão superficial que os “irmãos” não absorvem nem um pouco da sua seiva?
AMIGO II – Então você é contra a religião?
AMIGO I – Não. Por definição não sou contra a Religião. Contudo, temos que ficar atentos àqueles que querem impingir doutrinas, rituais, preceitos éticos e filosóficos adversos da vontade de Deus.
Sou a favor do louvor, da oração, da alegria em falar com Deus. E o que é que as igrejas fazem? Massificam o sofrimento, fazem músicas sofridas, cultos sofridos, carregados, ou seja: se a criatura psicologicamente, financeiramente ou emocionalmente não está bem, desmorona! A maneira praticada é quase uma abdução da alma da pessoa para que ela possa fazer parte de uma denominação.
Aprendemos que se estivermos felizes devemos louvar e se estivermos tristes da mesma maneira. Por que não tornar o nosso relacionamento com Deus uma ligação mais suave, e não esta coisa carregada que nos remete a um filho que não se relaciona bem com o pai.
Deus é amor e verdade e por esta é que deveríamos guiar os nossos passos em busca do primeiro.
AMIGO II – E o que fazer?
AMIGO I - Creio firmemente que só seremos uma só igreja quando não houver mais desvios. Creio que todo sofrimento pelo qual estamos passando e ainda vamos passar é por falta de boa vontade daqueles que lideram as igrejas e que dão prioridade aos seus interesses individuais.
Esta é minha ótica deste momento. Tenho 50% de chance de estar certo e 50% de estar errado. Rogo a Deus que me ilumine para que, em qualquer das possibilidades, tenha o discernimento para ser um agente de mudança em benefício de todos que buscam o crescimento espiritual na Santíssima Trindade.

Um comentário:

  1. Parabéns pela iniciativa do Blog, querendo dicas para aperfeiçoamento de lay out ou qualquer outra contribuição, conte comigo.
    Abraço
    Acrisio Lucena

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