segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

NO MEIO DO CAMINHO HÁ UMA PEDRA





Há pouco mais de 03 anos uma senhora de 66 anos invadiu a minha casa.
Com tenho 35 anos de casado, não estou fazendo alusão à minha esposa, tampouco à minha sogra.
Ocorre que a senhora a quem me refiro tem um poder brutal sobre mim, minha família, meu bem estar, meu habitat, enfim, sobre tudo e todos com quem me relaciono.
Ela interfere na minha remuneração, principalmente porque sou aposentado, tornando sofrível o meu poder aquisitivo, na qualidade de minha vida, posto que, além dos impostos absurdos embutidos na alimentação básica, tenho que fazer desembolso extraordinário para poder pagar plano de saúde que, para variar, aumenta três vezes mais do que a correção anual dos vencimentos dos previdenciários.
Com tanto poder nas mãos essa senhora não devia “brincar em serviço”!
Não tenho a devida remuneração, não tenho serviços de saúde, assim como educação em níveis aceitáveis, muito menos segurança, direitos estes “assegurados pela constituição”, ou não!
Um país tão grande, tão rico, habitado por pessoas boas, alegres, inocentes até, deveria ter coisa melhor.
Relembremos Platão em A República: “A sociedade ideal deveria ser governada pelos filósofos, ou pelo filósofo-rei, porque somente o homem sábio tem a inteira idéia do bem, do belo e da justiça. Consequentemente, ele terá menos inclinação para cometer injustiças ou de praticar o mal, impedindo os governados de se rebelarem contra a ordem social.  A alma dos filósofos, dos homens amantes do saber, é a que mais se aproxima deste mundo, percebendo então nas suas plenitudes, mais do que as almas das gentes comuns, as idéias de bondade, beleza e justiça. É exatamente esta qualidade da alma do homem sábio é que o torna mais qualificado para ser o governante da sociedade perfeita”.
Se fossem estrangeiros que ainda estivessem gerindo o Nosso País, tentaria entender o por quê da sanha dos governantes que aí estão em maltratar os seus habitantes, e cujo objetivo maior é locupletarem-se.
Creio que o modus operandi dessa gente observa uma das teorias de Maquiavel no sentido de enfraquecer o povo conquistado para que os “conquistadores” tenham o domínio total sobre os incapacitados.
Mas, como apeá-los do poder? Pela força? Pela mobilização? Não confio nas urnas por serem “eletrônicas”(...), como também pelo domínio que têm os atuais ditadores sobre a massa desinformada.
Assim, mais uma vez, frustro-me por não ter como sugerir algo que efetivamente possa nos tirar de tão angustiante situação.
Sinto muito.
Orlando Fazio