Há pouco mais de 03 anos uma senhora de 66 anos invadiu a
minha casa.
Com tenho 35 anos de casado, não estou fazendo alusão à minha
esposa, tampouco à minha sogra.
Ocorre que a senhora a quem me refiro tem um poder brutal
sobre mim, minha família, meu bem estar, meu habitat, enfim, sobre tudo e todos
com quem me relaciono.
Ela interfere na minha remuneração, principalmente porque sou
aposentado, tornando sofrível o meu poder aquisitivo, na qualidade de minha
vida, posto que, além dos impostos absurdos embutidos na alimentação básica,
tenho que fazer desembolso extraordinário para poder pagar plano de saúde que,
para variar, aumenta três vezes mais do que a correção anual dos vencimentos
dos previdenciários.
Com tanto poder nas mãos essa senhora não devia “brincar em
serviço”!
Não tenho a devida remuneração, não tenho serviços de saúde,
assim como educação em níveis aceitáveis, muito menos segurança, direitos estes
“assegurados pela constituição”, ou não!
Um país tão grande, tão rico, habitado por pessoas boas,
alegres, inocentes até, deveria ter coisa melhor.
Relembremos Platão em A República: “A sociedade ideal deveria ser
governada pelos filósofos, ou pelo filósofo-rei, porque somente o homem sábio
tem a inteira idéia do bem, do belo e da justiça. Consequentemente, ele terá
menos inclinação para cometer injustiças ou de praticar o mal, impedindo os
governados de se rebelarem contra a ordem social. A alma dos filósofos, dos homens amantes do
saber, é a que mais se aproxima deste mundo, percebendo então nas suas
plenitudes, mais do que as almas das gentes comuns, as idéias de bondade,
beleza e justiça. É exatamente esta qualidade da alma do homem sábio é que o
torna mais qualificado para ser o governante da sociedade perfeita”.
Se fossem
estrangeiros que ainda estivessem gerindo o Nosso País, tentaria entender o por
quê da sanha dos governantes que aí estão em maltratar os seus habitantes, e
cujo objetivo maior é locupletarem-se.
Creio que
o modus operandi dessa gente observa
uma das teorias de Maquiavel no sentido de enfraquecer o povo conquistado para
que os “conquistadores” tenham o domínio total sobre os incapacitados.
Mas, como
apeá-los do poder? Pela força? Pela mobilização? Não confio nas urnas por serem
“eletrônicas”(...), como também pelo domínio que têm os atuais ditadores sobre
a massa desinformada.
Assim,
mais uma vez, frustro-me por não ter como sugerir algo que efetivamente possa
nos tirar de tão angustiante situação.
Sinto
muito.
Orlando
Fazio