quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O QUE SOMOS NÓS?



O que somos nós? Não é quem. É o que mesmo!

Somos pacientes, clientes, indigentes, um número, enfim, o que somos para alguns “profissionais” que nos atendem?

Se vamos a um médico, mesmo através planos de saúde particulares, a espera é um absurdo. Quando somos atendidos o tempo da consulta é inversamente proporcional ao tempo de espera. Parece que trabalham por produção. Se pedem exames clínicos ou de laboratório, o tempo que se leva para realizá-los faz com que, ao voltar aos médicos para mostrá-los, tenhamos que concordar em assinar nova consulta. A princípio o problema é do médico e a operadora do plano de saúde, mas, até quando?

Ao passar a medicação você “ganha” um cartão do seu médico para ter um “desconto” no preço do remédio. Ora, por que não recomendar um outro mais barato, mesmo de substância diferente, mas que cause o mesmo efeito? O que há por trás disto?

Ao escrever este artigo recordei-me de uma matéria da VEJA, edição 2336 de 28.08.13, em que o ilustre cardiologista Elias Knobel afirma que a medicina tem quatro problemas com a letra D: 1) O paciente está despersonalizado, 2) O médico está desprofissionalizado, 3) A assistência médica está desumanizada e 4) A medicina está descaracterizada.

Tenho relato de pessoas cujos médicos as direcionaram para fazer exames em clínicas que eram óbvios os seus interesses, quando existem outras de melhor acesso, mas sem a vantagem de receber os resultados com maior rapidez!!! Cito apenas este exemplo para consubstanciar a questão.

A pergunta que faço é a seguinte: “um médico da rede particular avia uma receita de medicação que pode ser obtida através do Programa Farmácia Popular do governo federal?”.

Claro que existem médicos e “médicos”!

Voltando à entrevista concedida pelo Dr. Elias Knobel, sugiro que observem com atenção aos assuntos abordados (medicina business, por exemplo) posto que espelham tudo aquilo a que nós, pacientes (em todos os sentidos), clientes, indigentes, sentimos na pele.

Em próximo artigo abordarei outras profissões cujos titulares têm mais compromissos com os seus honorários do que com a satisfação dos usuários dos seus “serviços”.