O ESPELHO
Gostaria de fazer-lhe um convite no que concerne a uma
reflexão (nada a ver com o início de um novo ano que se avizinha), no sentido
de identificar o quanto você conhece de si próprio(a).
Para estimulá-lo(a) ao exercício solicito que atenha-se ao entendimento que
tinha Michelangelo de que o escultor não era o criador da escultura, sua função
seria apenas libertá-la do bloco de mármore que a aprisionava. Ele dizia poder
visualizar perfeitamente a obra acabada ao olhar para o bloco de mármore, e sua
função seria apenas “revelar aos olhos dos outros aquilo que os meus já vêem”.
As perguntas que esse entendimento pode induzir-lhe são:
1) Que tipo de pessoa eu sou para mim
mesmo?
2) Estou satisfeito da minha
participação na coletividade?
3) Sinto que as pessoas me aceitam com
facilidade?
4) Sou o(a) cara?
5) Preciso fazer algo para melhorar?
6) Profissionalmente estou realizado(a)?
7) Estou preparado(a) para novos
desafios?
8) A minha família (pais, irmãos, esposa
e filhos) me têm apreço?
9) Os meus erros, posso evitá-los?
Ao dar o título deste artigo de “O Espelho” e mencionar o
posicionamento do Michelangelo com relação às suas esculturas, o fiz porque
sempre que alguém me procura para comentar das agruras da vida, dos desvios,
das insatisfações, eu aconselho a que olhe no espelho e busque na imagem
refletida a pessoa que ela realmente é! O retorno que tenho é que não é tarefa
fácil. Uma parte desiste, outra resolve adotar mudanças em busca de resultados
mais positivos.
Conversar consigo pode parecer coisa de louco, mas se se
consegue ficar minutos intermináveis na frente de um espelho admirando o novo
corte de cabelo, por que não tentar encontrar-se conversando com a pessoa que
você mais gosta?