segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O ESPELHO


                                             O  ESPELHO

Gostaria de fazer-lhe um convite no que concerne a uma reflexão (nada a ver com o início de um novo ano que se avizinha), no sentido de identificar o quanto você conhece de si próprio(a).

Para estimulá-lo(a) ao exercício solicito que atenha-se ao entendimento que tinha Michelangelo de que o escultor não era o criador da escultura, sua função seria apenas libertá-la do bloco de mármore que a aprisionava. Ele dizia poder visualizar perfeitamente a obra acabada ao olhar para o bloco de mármore, e sua função seria apenas “revelar aos olhos dos outros aquilo que os meus já vêem”.

As perguntas que esse entendimento pode induzir-lhe são:

1)    Que tipo de pessoa eu sou para mim mesmo?
2)    Estou satisfeito da minha participação na coletividade?
3)    Sinto que as pessoas me aceitam com facilidade?
4)    Sou o(a) cara?
5)    Preciso fazer algo para melhorar?
6)    Profissionalmente estou realizado(a)?
7)    Estou preparado(a) para novos desafios?
8)    A minha família (pais, irmãos, esposa e filhos) me têm apreço?
9)    Os meus erros, posso evitá-los?

Ao dar o título deste artigo de “O Espelho” e mencionar o posicionamento do Michelangelo com relação às suas esculturas, o fiz porque sempre que alguém me procura para comentar das agruras da vida, dos desvios, das insatisfações, eu aconselho a que olhe no espelho e busque na imagem refletida a pessoa que ela realmente é! O retorno que tenho é que não é tarefa fácil. Uma parte desiste, outra resolve adotar mudanças em busca de resultados mais positivos.

Conversar consigo pode parecer coisa de louco, mas se se consegue ficar minutos intermináveis na frente de um espelho admirando o novo corte de cabelo, por que não tentar encontrar-se conversando com a pessoa que você mais gosta?

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

NATAL


                                                                   NATAL


Sempre considerei que as melhores festas eram NATAL e SÃO JOÃO. Sem entender o por que eu me sentia extasiado.
Só que hoje  estou sentindo algo diferente, pois, só dei-me conta que estava no mês de dezembro em função de um anúncio na televisão. Então falei para minha esposa: tem algo errado. Este dezembro está diferente. Não sei se a falta de alegria é minha,  do meu momento, ou há um contexto até agora invisível. Prenúncios...?!
Então, ao encontrar-me com um vizinho do mesmo andar e expor-lhe o meu sentimento ele disse-me que não estranhava o que estava ocorrendo comigo, pois  estava a observar (coisa de português) que até no comércio, ele é da área de comestíveis e bebidas, a coisa não estava como antes. Não se observa a alegria de outrora. Dúvidas da existência de Deus, de Jesus Cristo, a distância do ser humano em relação ao próximo, as casas não estão iluminadas como no passado, acrescentou, podem estar influenciando quanto a esta perspectiva.  Entretanto, observo que continuo submisso à Santíssima Trindade, amando a minha esposa, meus filhos, considerando aqueles que estão ao meu derredor, nas devidas dimensões, enfim, por que a falta de encanto?
Ao sair de casa resolvi abordar o assunto com outros convivas de maneira a ver se somente eu estava com este sentimento tão incômodo, posto que já começara a imaginar se isto não seria coisa da idade em que determinados festejos não têm o mesmo  significado de antes! Fui surpreendido, pois alguns deles, de idades diferentes, também estavam com a mesma sensação e sem ter muito o que explicar.
Ora, dar e receber presentes são práticas naturais durante todo o ano, quando parabenizamos ou homenageamos alguém, quando aniversariamos, por que temos que fazê-lo no final de ano também?  Ah! A troca de presentes tem a ver com a comemoração do nascimento de Jesus. Ué,  por que só agora estou fazendo estes questionamentos? O que estaria se perdendo ao longo do tempo? Tá muito chato isto. Mas, não posso fazer de conta que nada está acontecendo!
Espero que seja algo passageiro e que eu possa vencer a imperceptível muralha que está afastando-me de algo que sempre vivi com muita intensidade.
Por oportuno, Feliz Natal e um Extraordinário Ano Novo para você!