Outro dia, em minha caminhada habitual no bairro onde moro,
ao passar por três garotas que vinham em sentido contrário, cada uma com idade
em torno de 15 anos, ouvi que uma delas havia terminado uma frase ao que uma outra acrescentou: “é, você sabe que ele vai ti fuder”, né?! É, respondeu a
primeira.
Tendo em vista o rosto angelical da garota que proferiu o
termo inusual em outros tempos, a colocação até pareceu pueril, embora, na
minha leitura, chocante!
Em outra ocasião assisti a uma cena em que um indivíduo, que
estava acompanhado da sua esposa e filhos menores, ao receber uma ligação
através do seu celular, esqueceu da existência dos seus acompanhantes e das
demais pessoas que estavam no mesmo ambiente que ele, um barzinho bastante
popular, e travou em diálogo um tanto quanto pornofônico, digamos assim! Aquilo
que chamávamos de “nomes feios” já não existe. Tudo é “muito natural”!
Não quero parecer anacrônico, mas creio que um diálogo com
termos cordiais tornam a conversa mais atrativa, mais elegante! Conversar com
alguém que só sabe se expressar de forma contundente, usando palavrões que em
nada enriquecem o tema, em nada acrescenta ao seu convívio, não deve agradável.
E os gestos. Dar o dedo em sinal de desprezo, bater com uma
mão na outra para expressar que “a coisa não está boa”, ou “que tudo vai pro
brejo”, como quer supor a frase mencionada no primeiro parágrafo, e isto tudo
diante dos pais! Aliás, será que é só na escola que as crianças aprendem essas lições?
ORLANDO FAZIO
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