ÉTICA
Instado, por uma leitora nossa, a discorrer sobre ética me
ative à leitura do material que dispunha (livros, impressos, etc..), estribado
ainda nos conceitos formados sobre o tema ao longo da vida, resolvi por a termo
a minha incumbência.
Entretanto, resolvi fazê-lo de maneira simples, para rápido
entendimento, pois, no material pesquisado, encontrei locuções como axioma, axiologia, deontologia, o
que poderia, de alguma maneira, dificultar a compreensão que se almeja.
A princípio vou valer-me de um conteúdo que circulou na
internet há algum tempo e que espelha bem o caminho que quero percorrer. A
história é a seguinte: “Um pai, para satisfazer às vontades do filho, resolve
ensinar-lhe a pescar no penúltimo dia em que estava em vigor a proibição da
pesca na sua cidade, de maneira a que ele se tornasse apto, para tão logo que o
impedimento acabasse. Acontece que, por sorte de principiante, no primeiro
lance o estreante pescador fisgou um peixe e, aos pulos, comemorou o feito.
Todavia, para o seu desencantamento, o seu pai informou que ele teria que
devolver o peixe ao rio, pois ainda faltavam cinco minutos para que a proibição
fosse suspensa. Atônito, o jovem
aprendiz questionou ao pai por que deveria devolver a sua pesca se em poucos
minutos a permissão para a sua recreativa atividade seria concedida e, por
outro lado, “ninguém estava vendo o que ele fizera”, ao que tempestivamente
retrucou o seu genitor dizendo: “não importa que as outras pessoas saibam que
nos comportamos de maneira errada, antes delas precisamos estar conscientes dos
nossos atos”! Ou seja: os nossos comportamentos
é que determinam se somos éticos para conosco e éticos para com a
comunidade em que estamos inseridos. No exemplo vislumbrado ficou evidente que
acima das vontades, das paixões, dos prazeres, das metas pessoais, os valores
morais, a harmonia, as finalidades últimas, é que determinam se um ser humano é
ético e, por isto, tem moral para exigir que se observem a universalidade e a
perfectibilidade.
Orlando Fazio
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